Associada a mudanças expressivas, em relação a produtos e serviços, a inovação é assunto recorrente em palestras, reuniões profissionais e, até mesmo, em conversas entre empreendedores. Fundamental para o desenvolvimento de novos negócios, ela tem sido alvo de estudo em diferentes segmentos e fonte de inspiração para cenários disruptivos movidos, em especial, pela tecnologia.
Devido à sua importância estratégica, para entender a realidade e desenvolver novas soluções, a inovação já foi inclusive conceituada pela “Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico” (OCDE). Segundo a instituição internacional, ela estaria associada à implementação de um novo produto, serviço, processo ou método organizacionais, significativamente melhorados.
Segundo o mestre em Administração e pesquisador, Geraldo Campos, na prática, além do processo criativo, a característica que mais importa ao meio empresarial é a escalabilidade (capacidade de ser replicada). Outro fator preponderante é a efetividade ao solucionar demandas: seja do mercado, da sociedade ou dos atores do ecossistema empresarial (universidades, empresas, governos e sociedade civil).
Campos ressalta que para surtir efeito é preciso haver interação entre os diferentes atores que estão envolvidos no processo de inovação, tais como a organização, os colaboradores e, sobretudo, os stakeholders externos à empresa. Ele destaca, ainda, a importância do trabalho de pesquisa de ambiente (leitura de cenário) e da segmentação do público-alvo relacionado ao tema que é estudado.
“Isso possibilita que a organização se predisponha a inovar e conhecer as reais necessidades de seus consumidores. Também permite a cocriação de soluções a partir de conhecimentos, competências e visões de mundo, além daqueles que estão concentradas nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das empresas”, analisa.
Benefícios
Embora a inovação esteja atrelada a algum grau de risco e incerteza, para o administrador e pesquisador, Bruno Bittencourt, é importante entender a inovação como um processo contínuo, e não como algo pontual. Ele conta que existem diferentes metodologias e ferramentas que auxiliam no processo de colocar as ideias em prática; contudo, são os resultados que determinam seus benefícios.
Segundo Bittencourt, em geral, as etapas do processo de inovação se dividem em: 1) identificação de problemas e oportunidades; 2) geração e seleção de ideias; 3) prototipação e validação de soluções e 4) implementação e gestão da inovação. O administrador destaca, no entanto, que independente da metodologia de trabalho empregada, a gestão do setor se caracteriza mais pelo desenvolvimento de cultura voltada à criatividade, pela capacitação e estudo contínuos, bem como pelo envolvimento de diferentes setores da empresa, comprometidos em participar.
“Pode-se inovar para diversas finalidades: para reduzir custos, otimizar processos, desenvolver produtos, atender novos mercados, aumentar rentabilidade e ampliar o bem-estar em geral. À medida que uma organização inova, ela tende a se diferenciar mais e mais, tornando-se mais competitiva e atrativa ao mercado”, explica.
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Fonte: Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA
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