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Conheça o distúrbio silencioso que enfraquece a saúde dos profissionais brasileiros

Ainda desconhecida por boa parte dos brasileiros, a Síndrome de Burnout tem preocupado especialistas, em razão de seu aumento expressivo no Brasil. De acordo com estudo da Isma-BR — associação integrante da International Stress Management Association —, 32% da população economicamente ativa foi diagnosticada com o problema.

No universo de 94,2 milhões de trabalhadores que estão na ativa, a porcentagem representa 30 milhões e 144 mil profissionais. A doença até já entrou no radar da Organização Mundial da Saúde (OMS) que incluiu a síndrome na Classificação Internacional de Doenças (CID), decisão que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2022.

Caracterizada por apresentar sintomas físicos como estresse crônico, exaustão e esgotamento, a síndrome é resultante de trabalhos que envolvem relacionamentos desgastantes, alta competitividade ou responsabilidade excessiva. De acordo com o psiquiatra Bruno Machado, do Hospital das Clínicas de São Paulo, há padrões de rotinas de trabalho que podem estar relacionados a situações que demandem maior exigência emocional.

Entre os fenômenos que potencializam o surgimento da doença estão: o aumento de horas de trabalho no computador, a pressão por resultados e o aumento da carga horária. “Essas inúmeras mudanças aumentam a pressão por produtividade e por qualidade de trabalho. Por isso, tendem a gerar mais insegurança e levar ao aumento de estresse físico e mental no trabalhador”, explica.

Engajamento

No campo mental e emocional, o psicólogo especializado em “Terapia Cognitivo-Comportamental”, Diego Falco, explica que entre os sintomas associados à doença estão o cinismo, a exaustão e a incapacidade de avaliar a própria eficácia profissional. Os três fatores contribuiriam para que a pessoa não consiga se compromissar, ou se engajar, com suas funções no trabalho e no meio social.

O termo ‘cinismo’ é aplicado, neste contexto, como sentimento negativo em relação ao trabalho. Nele, a pessoa acredita que sua atuação é inútil ou que ela não contribui para atingir os objetivos esperados.

No segundo fator (exaustão física e mental), o indivíduo se sente deprimido ou cansado, com sua concentração e foco afetados. Já na autopercepção, o profissional crê que não consegue executar adequadamente suas tarefas, considerando-se incompetente ou ineficiente.

“Normalmente, as pessoas com Burnout têm sua vida desbalanceada. Sem energia ou desejo para sair com os amigos, elas negligenciam sua saúde e ficam desiludidas com o trabalho, sem nenhum acontecimento específico para isso”, explica Falco.

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Fonte: Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA.